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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

O arquipélago das Sereias



Ó nau Catrineta
em que andei no mar
por caminhos de ir,
nunca de voltar!

Veio a tempestade
perder-se do mundo,
fez-se o céu infindo,
fez-se o mar sem fundo!

Ai como era grande
o mundo e a vida
se a nau, tendo estrela,
vogava perdida!

E que lindas eram
lá em Portugal
aquelas meninas
no seu laranjal!

E o cavalo branco
também lá o via
que tão belo e alado
nenhum outro havia!

Mundo que não era,
terras nunca vistas!
tive eu de perder-me
pra que tu existas.

Ó nau Catrineta
perdida no mar,
não te percas ainda,
vem-me cá buscar!


Branquinho da Fonseca