Bem-vindo ao Blogue das Bibliotecas Escolares do agrupamento da Maia!

domingo, 29 de dezembro de 2019

É um poema... apenas!

Dia de Natal

Hoje é dia de ser bom.
É dia de passar a mão pelo rosto das crianças,
de falar e de ouvir com mavioso tom,
de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.
É dia de pensar nos outros – coitadinhos – nos que padecem,
de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria,
de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem,
de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.

Comove tanta fraternidade universal.
É só abrir o rádio e logo um coro de anjos,
como se de anjos fosse,
numa toada doce,
de violas e banjos,
entoa gravemente um hino ao Criador.
E mal se extinguem os clamores plangentes,
a voz do locutor
anuncia o melhor dos detergentes.

De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu
e as vozes crescem num fervor patético.
(Vossa excelência verificou a hora exacta em que o Menino Jesus nasceu?)
Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio de pulso antimagnético.)
Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas.
Toda a gente acotovela, se multiplica em gestos esfuziante,
Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas
e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante.

Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates,
com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica,
cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates,
as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica.

Os olhos acorrem, num alvoroço liquefeito,
ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores.
E como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito,
como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores.

A oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento.
Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar.
E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento
e compra – louvado seja o Senhor! – o que nunca tinha pensado comprar.

Mas a maior felicidade é a da gente pequena.
Naquela véspera santa
a sua comoção é tanta, tanta, tanta,
que nem dorme serena.
Cada menino abre um olhinho
na noite incerta
para ver se a aurora já está desperta.
De manhãzinha
salta da cama,
corre à cozinha em pijama.

Ah!!!!!!!

Na branda macieza
da matutina luz
aguarda-o a surpresa
do Menino Jesus.

Jesus,
o doce Jesus,
o mesmo que nasceu na manjedoura,
veio pôr no sapatinho
do Pedrinho
uma metralhadora.

Que alegria
reinou naquela casa em todo o santo dia!
O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas,
fuzilava tudo com devastadoras rajadas
e obrigava as criadas
a caírem no chão como se fossem mortas:
tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá.
Já está!
E fazia-as erguer para de novo matá-las.
E até mesmo a mamã e o sisudo papá
fingiam
que caíam
crivados de balas.

Dia de Confraternização Universal,
dia de Amor, de Paz, de Felicidade,
de Sonhos e Venturas.
É dia de Natal.
Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade.
Glória a Deus nas Alturas.

António Gedeão, in 'Antologia Poética'

Uma reflexão por dia... que bem te fazia!


quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

"Queres ouvir? Eu conto!"


Dia 27de novembro - “Queres ouvir? Eu conto!”
Troco uma história por um bem alimentar! Queres colaborar?

            Este é o título de uma das obras da autora Irene Lisboa.
           Porém, foi o que serviu de mote à atividade dedicada aos alunos do pré-escolar, da EB1, nº1, de Gueifães e à leitura da história “Tranglomanglo”, contada pela professora Palmira Moura, no dia 27 de novembro, na BE, da EB1, nº1, de Gueifães.
          Uma história tradicional, para ouvir contar, valorizando o diálogo e a oralidade, criando mundos maravilhosos no imaginário das crianças…
         Sabemos que ler ou ouvir contar histórias, desenvolve a linguagem, enriquece o vocabulário, exercita a compreensão de frases, estimula capacidades cognitivas como a atenção, a memória e o raciocínio. O contacto com livros ou histórias, desde cedo e regularmente, desenvolve competências intelectuais, afetivas e de imaginação. A motivação para a leitura possibilita um percurso escolar de sucesso.

         A iniciativa privilegiou a área de Cidadania e Desenvolvimento e esteve integrada na “Campanha SOS - de angariação de alimentos”, promovida pela Freguesia Cidade da Maia, Polo de Gueifães.

No total os alimentos conseguidos com a iniciativa, contabilizaram-se em 101, desde latas de salsichas, pacotes de massa, bolachas, leite, pacote de arroz, lata de atum, …

A atividade saldou-se como muito positiva. Deste modo, estão previstas novas sessões, por solicitação dos docentes do 1º ciclo.





Concurso Nacional de Leitura - 2º ciclo

A equipa da  Biblioteca Escolar congratula todos os alunos que, no passado dia 2 de dezembro, participaram na 1ª fase do CNL.

A prova decorreu na BE, após leitura da obra "A Vida Mágica da Sementinha", de Alves Redol.

-Pedro Miguel Guedes Seabra, 5º ano, turma B;
-Matilde Magalhães Ferreira Teixeira, 5º ano, turma B;
-Luís António Couto Marques, 5º ano, turma B;
-Francisca Manuela Cartageno Pilro, 5º ano, turma B;
-Ema Peixoto, 5º ano, turma B;
-Constança Ribeiro Santos de Sousa Neves, 5º ano, turma B;
-Ângelo Ântónio Werle Boniati, 5º ano, turma B;
-Rodrigo Fernandes Seabra, 6º ano, turma K.

Parabéns!

Concurso Nacional de Leitura - 1º ciclo

A equipa da  Biblioteca Escolar congratula todos os alunos que, no passado dia 2 de dezembro, participaram na 1ª fase do CNL.

A prova decorreu na BE, após leitura da obra "O Segredo do RIO", de Miguel de Sousa Tavares.

-Beatriz Bruno Lamounier, 4º ano, turma 10;
-Joana Raquel Santos Nogueira, 4º ano, turma 10;
-Beatriz Filipa Moura Quebra Sanroque, 4º ano, turma 11;
-Francisca Gonçalves Vilaça, 4º ano, turma 11;
-José Manuel da Silva Pinto, 4º ano, turma 11;
-André Miguel Figueiredo,  4º ano, turma 13;
-Helena Ferreira Correia,  4º ano, turma 13;
-João Pedro Trigo,  4º ano, turma 13;
-Maria Davide Martins,  4º ano, turma 13;
-Maria Lagoa Machado,  4º ano, turma 13;
-Nelson Filipe Pereira,  4º ano, turma 13;
-Pedro Alencastre Morais,  4º ano, turma 13;
-Sofia Azevedo Tedim,  4º ano, turma 13;
-Tiago Santos Teixeira,  4º ano, turma 13.

Parabéns! 

sábado, 7 de dezembro de 2019

Porque é Natal!


      Sabemos que o mundo está em crise. Prevemos uma recessão económica para o ano 2020, quase como se fosse inevitável, e insistimos em culpabilizar tudo e todos pela situação.
Desresponsabilizamo-nos com um encolher de ombros. Afinal, quem somos nós, simples cidadãos, para impedir o rumo desta conjuntura? 
      E que tal começarmos a acreditar que a mudança que queremos no mundo começa em nós. Vencer a crise é algo que diz respeito a todos os cidadãos.
      Consideramos, muitas vezes, que os nossos gestos são tão insignificantes como uma gota de água no oceano. Que, ao fim e ao cabo, não é por resistirmos ao apelo a um consumismo desenfreado, que vamos salvar o mundo, que deixar de comprar este ou aquele artigo estrangeiro fará alguma diferença na economia do país. E que, não é por preferirmos produtos locais ou feitos em casa, que o “gato vai às filhoses”…
      Acusamos os outros de estarem a destruir o mundo que é de todos. E temos muita razão! Contudo, não podemos ignorar que, é mais importante um exemplo do que mil palavras. Atuemos de forma consciente e acreditemos naquilo que fazemos. Só assim conseguiremos mudar, transmitir entusiasmo e contagiar as ações de todos. Sejamos responsáveis!
E porque estamos a viver o Natal, na opinião de muitos “Natal em tempo de crise”, poderemos entendê-lo como uma oportunidade para alterar a nossa forma de ser ou estar. Num apelo que a Quercus faz para que o Natal seja vivido de uma forma mais sustentada, poderíamos ler, a determinada altura: “saber dar para saber receber”. Ao longo do texto, refere pequenas mudanças que tornam o Natal cheio de sentido, esvaziando-o de futilidades. Façamos, então, o esforço de inventar coisas simples para resistirmos ao consumismo e para vencermos a crise. No útil e no mais fútil é preciso agir usando a cabeça e o coração. Assim, segue-se uma lista de pequenos gestos que podem salvar o Natal:
Os presentes têm de ser mais simbólicos do que materiais. Não é necessário oferecer presentes de Natal dispendiosos mas, isso sim, presentes com significado. Apelando a valores humanos mais elevados, oferecer presentes com significado, encherá o coração de quem os recebe.
Confecionar os presentes que oferecemos tem uma dupla vantagem. Poupamos em termos económicos e dedicamos algum tempo a pensar nas pessoas que os vão receber.
O país necessita de ajuda. E se todos os presentes oferecidos no Natal fossem nacionais? Este gesto iria ajudar imenso a economia interna. Os produtos portugueses são fantásticos …
As crianças adoram brinquedos, mas nem sempre o brinquedo mais caro é o mais apreciado. O ideal é oferecer valores de vida, em vez de bens materiais.
Se alguém estiver com dificuldades, o Natal pode surgir como uma hipótese de ajudar quem necessita. Oferecer ajuda com todo o amor e carinho que esse gesto envolve, terá mais significado do que mil presentes de Natal de carácter material.
Um livro é sempre um bom presente de Natal: económico, cheio de mensagens e que pode ser partilhado em qualquer momento…
      Ultrapassar a crise e viver de forma sustentada é, afinal, uma responsabilidade partilhada. 
Nós não somos aquilo que consumimos mas, o que consumimos e como nos comportámos, mostra muito daquilo que somos!
      Aproveitemos a crise para refletir e alterar atitudes que nos vêm afastando do verdadeiro espírito natalício.

Feliz Natal!
A equipa da Biblioteca Escolar

domingo, 1 de dezembro de 2019

Uma reflexão por dia... que bem te fazia!


1 de dezembro - Dia da Restauração da Independência de Portugal

A Restauração da Independência em Portugal comemora-se, anualmente, no dia 1 de dezembro

A data, que hoje se comemora, relembra a ação de nobres portugueses, que a 1 de dezembro de 1640 invadiram o Paço Real e mataram Miguel de Vasconcelos, o representante da Espanha em Lisboa, aclamando D. João, duque de Bragança como rei de Portugal.

A Restauração da Independência foi o culminar de um período de grande descontentamento por parte da população portuguesa que não estava satisfeita com a União Ibérica, entre Portugal e Espanha, que teve a duração de 60 anos (de 1580 a 1640).