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As algas negro-cerrado,
Que eu trouxe da beira-mar,
Guardo-as num missal doirado,
Onde costumo cismar.
Às vezes, triste e cansado,
Quando o vou folhear,
Dentro do livro encantado
Eu oiço as algas a chorar...
Choram os tempos de quando
Viviam no mar em bando
Com os peixes e as areias,
E eu cismo, ao ver esses trapos,
Que as algas são os farrapos
Dos vestidos das sereias!
António Nobre