Bem-vindo ao Blogue das Bibliotecas Escolares do agrupamento da Maia!

sábado, 29 de maio de 2021

Projeto N.O.M.E.S - Primeiro prémio, modalidade texto em prosa

 Parabéns

, Matilde! Um exemplo de sensibilidade e bom senso. É um privilégio conhecer-te. ❤️
Concurso de Escrita Criativa «Nas mãos de uma criança» | 3.º Ciclo Escola E.B. 2/3 de Gueifães - Texto em Prosa - Primeiro Prémio

Nas mãos de uma criança…

Parte I

Amor, segurança, família, lar, comida. Todo o que damos por garantido é aquilo que milhares de crianças nem sabem o significado. Tal acontece no campo de refugiados de Moria, localizado na ilha grega de Lesbos.

Parwana Amiri, uma menina afegã, com um longo caminho por percorrer, sobrevivia na dura realidade do campo de refugiados. Parwana tinha ficado sem ninguém depois de o pai ter morrido de fome e a mãe ter tirado a sua própria vida devido a problemas mentais. Com 16 anos sabia o que se estava a passar ao seu redor. Miséria, pauperismo, escassez, abandono, descriminação, violação, eram algumas das palavras escondidas no seu subconsciente. No campo de refugiados era do género: “salve-se quem puder”. Tinham que lutar pelo espaço e pela comida. Devem imaginar como é que crianças lutavam para sobreviver, não era de todo fácil. Racismo e preconceito era um problema em Moria, e em praticamente todos os lugares do mundo. As pessoas eram agredidas e postas de parte, só por terem uma cor de pele diferente. Todos nós temos memória, e Parwana tinha um momento guardado: um menino de 10 anos a tentar suicidar-se, era algo deplorável. Momentos trágicos enchiam o campo de refugiados, aquele era “só” mais um.

Conheceu jovens, com os mesmos sonhos e traumas. Conheceu sítios, onde podia ficar sozinha com os seus pensamentos. Conheceu novas experiências, que a levaram a ter uma nova perspetiva da vida. Conheceu pessoas que cá já não estão para lhe contar novas histórias. Parwana ainda se lembrava de uma história. Podia não ser verdadeira, mas também podia não ser falsa. Ela acreditava e ponto. Samira, uma senhora de 80 anos, foi a pessoa que lhe contou essa história, ela era como uma avó para ela, uma avó que nunca chegou a conhecer: “Simplesmente assim, Parwana, fugiu daqui à procura de uma nova vida, fugiu e nunca mais o viram. Diz-se que está a viver feliz e em paz, numa casa junto a um lago. Tem trabalho e uma vida digna”. A verdade é que a marcou, e sonhou. Começou a sonhar com aquilo todas as noites, estava feliz e em paz.

Parte II

Em menos de uma semana ficou sem nada.

Um incêndio devastou e destruiu praticamente tudo. Ficaram milhares de pessoas desalojadas. Mas naquele dia desceu um anjo à Terra. Uma nova esperança. Dez países da União Europeia iriam receber 400 crianças de Moria.

Então assim aconteceu: Parwana foi escolhida para ir para França. Não conhecia as pessoas, não conhecia a língua, não conhecia nada. Ficou ao cargo de uma família de acolhimento permanente, que por sinal era perfeita! A casa era linda. Tinha uma fachada sofisticada, um interior acolhedor e uma linda vista para um lago. Começou a frequentar a escola, fez grandes amigos e estava feliz e em paz. Arranjou um trabalho a part-time para começar a ganhar dinheiro para a faculdade. Finalmente ela sentia-se em casa. Tinha tudo. Amor, segurança, família, lar, comida.

Matilde Oliveira, 9.º 15

sexta-feira, 28 de maio de 2021

Projeto N.O.M.E.S - Menção Honrosa

 Parabéns

à Fernanda, um exemplo de resiliência e coragem, com um coração sensível e uma grande capacidade de se colocar no lugar do outro.❤️
Concurso de Escrita Criativa «Nas mãos de uma criança» | 3.º Ciclo Escola E.B. 2/3 de Gueifães - Texto Poético - Menção Honrosa

Como poderei eu, sozinha,
Encarar a dor
Sendo tao pequenininha
E vendo tanta falta de amor.

Quero viver em segurança
Tendo assim esperança
Que um dia isto vai acabar
E eu assim irei sonhar.

Vendo tanta maldade
Nesta pequena cidade
Apenas eu e o meu ursinho
Seguindo em busca de um caminho.

Em busca de felicidade,
À procura de alguém
Que me mostre com um olhar de sinceridade
E que não me julguem.

Hoje vi que a generosidade
É um bonito gesto de bondade
Hoje posso sorrir
Ao ver uma linda flor a abrir.

Sei que ainda tenho muito que viver
Mas aos poucos aprecio
Que coisas simples é o melhor que posso ter
É apenas o início.

Olho à minha volta
E vejo que antes andava
Tudo à roda
E que tudo me afetava.

Hoje aprendi que a vida
É feita de altos e baixos
E que, por vezes,
Ela prega-nos uma partida.

Aprender que tudo o que é mau nela
Nos ensina que o bom ainda vem aí
Hoje posso colorir com aquarela
De várias cores os momentos bons
Que vou viver por aí.

Tantas noites sem dormir,
Sem ninguém para me apoiar,
Sem saber para onde ir
E sem saber quem me ira ajudar.

Ser feliz por vezes é um obstáculo
Pois sou “diferente” perante outros
Mas ensinaram a igualdade
E que nos temos uns aos outros.

Palavras para quê…
Sofrer porquê….
Um simples sorriso
É o que preciso.

Procurei refúgio
Mas nada servia como abrigo
Até do nada
Aparecer um amigo.

Sou uma criança sorridente
Abraçada ao meu companheiro
Sendo uma pessoa muito contente
A falar com o meu pequeno conselheiro.

Vivamos a vida um dia de cada vez
Pois o amanhã ninguém sabe
A vida só se vive uma vez
Aproveitemos cada momento que temos.

Ser criança por vezes não é fácil
Sendo pequenas sofremos
Pode até se tornar difícil
Mas juntos sobreviremos.

Por isso é que com isto
Ajam com bondade
E que assim possam
Trazer felicidade.

A humanidade está cheia
De crueldade
Até veres um ato de generosidade
E vês que ainda há bons corações.

Fernanda Oliveira, 9.º15

Refletir em cada dia!!


 

Livros para escutar - Quero, Quero, Quero! , Polly Dunbar


LER É, SEMPRE, O MELHOR DOS PASSATEMPOS!!

sexta-feira, 21 de maio de 2021

terça-feira, 18 de maio de 2021

Projeto N.O.M.E.S.


Projeto N.O.M.E.S.


Na passada sexta-feira, 14 de maio de 2021, foram anunciados os vencedores do concurso de escrita criativa "Nas mãos de uma criança" da Escola E.B. 2/3 de Gueifães, dinamizado pela docente Adriana Stoffel e a Biblioteca/CRE, com a colaboração dos docentes Manuel Lino, Fátima Agostinho e Anabela Guimarães. O nosso agradecimento a todos os alunos participantes, aos docentes de Português que divulgaram a iniciativa e procederam à revisão dos textos; aos elementos do júri que leram, apreciaram e selecionaram os textos premiados; à docente bibliotecária pela intensa colaboração e ao Subdiretor do Agrupamento de Escolas da Maia pela presença na entrega de prémios e incentivo a estas atividades extra curriculares. Nos próximos dias, publicaremos os textos vencedores.

Resultados:
Prémio de melhor texto em prosa - Matilde Oliveira, 9.º15
Menção Honrosa - Fernanda Oliveira, 9.º 15
Prémio de melhor texto em poesia - Alexandre Cardoso, 9.º 18

Livros para escutar - Boa noite a todos, Chris Haughton


LER É, SEMPRE, O MELHOR DOS PASSATEMPOS!!

terça-feira, 11 de maio de 2021

quarta-feira, 5 de maio de 2021

Dia Mundial da Língua Portuguesa | Testemunhos de Personalidades do Mundo

Dia Mundial da Língua Portuguesa 2021 - 5 de maio

Livros para escutar - Os de Cima e os de Baixo, Paloma Valdivia


LER É, SEMPRE, O MELHOR DOS PASSATEMPOS!!

Dia Mundial da Língua Portuguesa - 5 de maio

 As comemorações do Dia Mundial da Língua Portuguesa, que se assinala esta quarta-feira, decorrem em 44 países, com mais de 150 atividades, em formato misto, presencial e virtual, devido à pandemia de covid-19.


Proclamado em 2019 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), este é o segundo ano em que se celebra o Dia Mundial da Língua Portuguesa.

O programa, coordenado pelo Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, contempla iniciativas que decorrerão em todas as regiões do mundo e abrangem as dimensões geográfica, da investigação, de tradução, da ligação a outras artes e de mobilização das populações.

A agenda inclui conferências, colóquios, concertos, concursos literários e de poesia e iniciativas académicas.

A data é marcada com uma sessão solene, em Lisboa, com a participação do chefe da diplomacia portuguesa, Augusto Santos Silva, e do secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Francisco Ribeiro Telles.

Durante esta sessão, serão transmitidas mensagens em vídeo do secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, do presidente de Cabo Verde Jorge Carlos Fonseca – atualmente presidente em exercício da CPLP – e do chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa.

Está ainda prevista a entrega do Prémio de Literatura dstangola/Camões ao escritor angolano Pepetela, distinguido pela sua mais recente obra “Sua Excelência, de Corpo Presente”.