Bem-vindo ao Blogue das Bibliotecas Escolares do agrupamento da Maia!

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Uma reflexão por dia... que bem te fazia!


"Se o sonho da tua vida
se tiver realizado, talvez sintas
que falta ainda qualquer coisa.
Reformula o teu sonho,
de maneira que ele se adapte
ao que tu és agora e abraça
o teu sonho assim transformado."

Lisa Engelhardt

Provérbios do mês - janeiro

�Pintainho de Janeiro, vai com a mãe ao poleiro.

Janeiro frio e molhado. Enche o celeiro e farta o gado.

Trovão em Janeiro, nem bom prado nem bom palheiro.

Janeiro geadeiro.

 Não há luar como o de Janeiro nem sol como o de Agosto.

� Em Janeiro, os dias têm saltos de carneiro.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Na biblioteca com... Manuela Castro Neves

Nos dias 22 e 23 de janeiro de 2020, todos os alunos da escola EB1, nº1, de Gueifães, tiveram o privilégio de conhecer a escritora Manuela Castro Neves.

Com muita dedicação e uma forma muito especial de comunicar com os alunos do pré-escolar e do 1º ciclo, a autora abordou todas as suas obras para a infância e encantou todos os ouvintes.

Ouvir contar histórias é, de facto, uma oportunidade especial para a motivação e criação de novos leitores. A nossa ilustre convidada conseguiu, sem sombra de dúvida, captar os alunos para a leitura. As fotos são prova de que valeu a pena! 








segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Uma reflexão por dia... que bem te fazia!

"Amanhã fico triste,
Amanhã.
Hoje não.
Hoje fico alegre.
E todos os dias,
por mais amargos que sejam,
Eu digo:
Amanhã fico triste,
Hoje não.
Para Hoje e todos os outros dias!!"


Encontrado na parede de 1 dormitório de crianças do campo de extermínio nazista de Auschwitz








75º Aniversário da Libertação de Auschwitz

75.º Aniversário da Libertação de Auschwitz

Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto

Auschwitz é a designação em alemão da localidade polaca Oswiecim, na província de Katowice, a cerca de 60 quilómetros a sudoeste de Cracóvia.
Durante a Segunda Guerra Mundial, os nazis instalaram, nos arredores da povoação, um complexo de campos de concentração que ficaram tristemente célebres pela tragédia humana ali ocorrida ao longo de vários anos. 
Auschwitz, criado em maio de 1940, foi o maior de todos os complexos de extermínio nazis. Compreendia, efetivamente, quatro campos e trinta e oito "comandos" (casernas e edifícios militares e "administrativos"). 
Um dos campos, Birkenau, com as suas quatro gisgantescas câmaras de gás, era o lugar onde a "solução final" do povo judeu através de um "tratamento especial" atingiu a triste cifra de 20 000 incinerações por dia. 
No campo de Auschwitz, propriamente dito, os detidos, por exemplo, serviam de "cobaias" humanas para experiências "in vivo" dos tenebrosos médicos das SS (corpo paramilitar de elite). 
Homens e mulheres, principalmente polacos e judeus, foram explorados até ao limite humano. 
Milhares e milhares acabaram eliminados nas câmaras de gás. 
Muitos dos mártires de Auschwitz eram também crianças, muitas das quais submetidas a experiências biológicas (como os casos de gémeos). 
Outros dos que ali estiveram presos trabalhavam para a fábrica de BunaMonowitz, a IG Farben. 
Também a um grande número dos deportados desta galeria de horrores eram explorados os seus resíduos. Em transferências de campos, morreram cerca de 80 000 pessoas, entre muitas tristes imagens e cifras contabilizáveis ou, talvez, ainda por contabilizar. 
Os registos nazis relatam apenas a morte de pouco mais de duas centenas de milhar de detidos. 
Avalia-se, atualmente, em cerca de três a quatro milhões de indivíduos, na maioria judeus, metade dos quais oriundos da Polónia, o número de vítimas desta gigantesca e cruel máquina criminal nazi. 
Auschwitz foi libertada em 27 de Janeiro de 1945 pelos russos, mas ainda assim as SS conseguiram retirar, dez dias antes, numerosos "detidos" que transferiram ainda para outros campos de extermínio e reclusão, como Buchenwald e Dora.
Os responsáveis desta macabra "campanha" de extermínio em Auschwitz foram condenados pelo tribunal de Nuremberga depois da guerra ter acabado, apesar de muitos não terem demonstrado arrependimento ou consciência daquilo que fizeram, para além de alguns dos "médicos" exterminadores terem conseguido obter refúgio seguro e impunidade junto das ditaduras militares sul-americanas.

Naquilo que foi a estrutura construída do campo de concentração, foi erigido em Abril de 1967, a expensas de antigos presos, diversos governos e povos, o Monumento Internacional do Martírio, da traça de arquitectos italianos e polacos.

O campo de concentração de Auschwitz foi classificado Património Mundial pela UNESCO.
O dia da libertação de Auschwitz foi declarado pela ONU como o Dia Internacional em Memória do Holocausto.

Auschwitz. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013

Lembrar as Vítimas do Holocausto Nazi

"Para que a memória não se apague!"

Na Biblioteca da EB 2,3 de Gueifães estará patente, durante toda a semana, uma pequena exposição - Memorial - às Vítimas do Holocausto Nazi.

Não deixes de a visitar e optar por uma das leituras, sobre o tema, aconselhada pela BE.








É um poema... apenas!

Se isto é um Homem

Vós que viveis tranquilos
nas vossas casas aquecidas,
vós que encontrais regressando à noite
comida quente e rostos amigos,
considerai se isto é um homem:
quem trabalha na lama,
quem não conhece a paz,

quem luta por meio pão,

quem morre por um sim ou por um não.
Considerai se isto é uma mulher:
sem cabelo e sem nome,
sem mais força para recordar,
vazios os olhos e frio o regaço,
como uma rã no inverno.
Meditai que isto aconteceu.
Recomendo-vos estas palavras,
esculpi-as no vosso coração,
estando em casa, andando pela rua,
ao deitar-vos e ao levantar-vos.
Repeti-as aos vossos filhos.
Ou que desmorone a vossa casa,
que a doença vos entrave,
que os vossos filhos vos virem a cara.


Primo Levi (1946); tradução: Simonetta Cabrita Neto

27 de janeiro - Memorial às Vítimas do Holocausto

Depois de Auschwitz


“A memória é um solo sagrado. Mas também é assombrado. É o lugar para o qual a minha raiva, culpa e tristeza vão rodopiar como pássaros esfomeados a debicar os mesmos velhos ossos. É o lugar para onde vou, em busca da resposta à mesma pergunta impossível de responder: Porque é que sobrevivi?

Demorei décadas a descobrir que podia encarar a minha vida com uma pergunta diferente. Em vez de “Porque é que sobrevivi?”,

“O que posso fazer com a vida que me foi dada?”


Edith Eger, in “A Bailarina de Auschwitz”



sábado, 25 de janeiro de 2020

Provérbios do mês - janeiro

�Em Janeiro veste pele de carneiro.

A água de Janeiro, vale dinheiro.

Janeiro quente traz o diabo no ventre.

Ao luar de Janeiro, se conta dinheiro.

Em Janeiro, um porco ao sol outro no fumeiro.

�Os bons dias em Janeiro vêm-se a pagar em Fevereiro. 

Uma reflexão por dia... que bem te fazia!

Na vida não importa tanto se falhaste e se caíste.
Na vida importa muito mais que te lembres que tentaste e, depois da queda, que te lembres de como te levantaste. e, muito importante, quem estava lá para te dar a mão!

Terramoto e maremoto de Lisboa em 1755

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Uma reflexão por dia... que bem te fazia!


Provérbios do mês - janeiro

� A 20 de Janeiro, uma hora por inteiro e quem bem contar,   hora e meia vai achar.

Se queres ser bom ervilheiro, semeia no crescente de Janeiro.

Janeiro greleiro, não enche o celeiro.

Em Janeiro sobe ao outeiro. Se vires verdejar, põe-te a chorar. Se vires terrear põe-te a cantar.

Ao minguante de Janeiro, corta o madeiro.

�O luar de Janeiro, é claro como um carneiro; mas lá vem o de Agosto que lhe dá pelo rosto.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Provérbios do mês - janeiro

�Não há luar como o de Janeiro, nem amor como o primeiro.

Bons dias em Janeiro enganam o homem em Fevereiro.

Chuva em Janeiro e sem frio, vai dar riqueza ao Estio.

Janeiro fora, mais uma hora, quem bem souber contar hora e meia vai achar.

No mês de Janeiro sobe ao outeiro para ver o nevoeiro. 

�Pescada de Janeiro, vale carneiro.

É um poema... apenas!

Encontro o Mestre e digo-lhe que há poetas

que recusam a metáfora
e o Mestre sorri.
A metáfora é apenas a metáfora, diz ele,
e não vale a pena ser a favor nem contra a metáfora,
nem a favor nem contra seja o que for.

As coisas são e não são
à margem
dos poetas com assento
em casas de comércio,
diz o Mestre,
enquanto almoça.
A realidade vale exactamente o que vale o nosso olhar.
A realidade é um peixe,
o peixe nosso de cada poema.
E o poeta é uma criança… Um menino
que segue pelos caminhos com bolas etéreas
a subir no ar.
O poeta é um menino com olhos de menino
e uma dor muito funda no seu peito de menino.
O poeta atravessa os pátios da infância
e vai feliz, dizendo
que as breves metáforas que lança ao ar
são apenas planetas de sabão a explodir
sucessivamente
sobre a cabeça do mundo.

José Fanha

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

É um poema... apenas!

Para Sempre
Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.


Carlos Drummond de Andrade

Provérbios do mês - janeiro

�Janeiro frio e molhado. Enche o celeiro e farta o gado.

Trovão em Janeiro, nem bom prado nem bom palheiro.

Janeiro geadeiro.

 Não há luar como o de Janeiro nem sol como o de Agosto.

 Em Janeiro, os dias têm saltos de carneiro.

�Em Janeiro veste pele de carneiro.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

É um poema... apenas!

Green god

Trazia consigo a graça
das fontes, quando anoitece.
Era o corpo como um rio
em sereno desafio
com as margens, quando desce.
Andava como quem passa,
sem ter tempo de parar.
Ervas nasciam dos passos,
cresciam troncos dos braços
quando os erguia do ar.
Sorria como quem dança.
E desfolhava ao dançar
o corpo, que lhe tremia
num ritmo que ele sabia
que os deuses devem usar.
E seguia o seu caminho,
porque era um deus que passava.
Alheio a tudo o que via,
enleado na melodia
de uma flauta que tocava.
Eugénio de Andrade

Provérbios do mês - janeiro

� Janeiro molhado, se não cria pão, cria o gado.

� A vinte de Janeiro uma hora por inteiro.

� Se para a tua casa precisas de madeiro corta-o em Janeiro.

� Em Janeiro mete obreiro.

� Janeiro bom para a vaca, é mau para saca.

� Secura de Janeiro riqueza do rendeiro.

Uma reflexão por dia... que bem te fazia!


Com gestos de paz derrubas as barragens que o pensamento meticulosamente urdiu
Com palavras de ternura derramas a madrugada sobre o peito das andorinhas
(e reconstróis a pele do mundo).

 V. Solteiro

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

É um poema... apenas!

Diz aos que amas
Diz aos que amas,
que realmente os amas e
faz isso em todas as oportunidades que tiveres.
E lembra-te sempre que
a vida não se mede pelo
número de vezes que
respiraste, mas pelos
momentos que o teu coração
palpitou forte:
de muito rir…
de surpresa…
de êxtase…
de felicidade…
E sobretudo…
de amar sem medida.
🍀
Pablo Picasso

sábado, 11 de janeiro de 2020

É um poema... apenas!

Os estatutos do Homem

Artigo I.
Fica decretado que agora vale a verdade.
que agora vale a vida,
e que de mãos dadas,
trabalharemos todos pela vida verdadeira.

Artigo II.
Fica decretado que todos os dias da semana,
inclusive as terças-feiras mais cinzentas,
têm direito a converter-se em manhãs de domingo.

Artigo III.
Fica decretado que, a partir deste instante,
haverá girassóis em todas as janelas,
que os girassóis terão direito
a abrir-se dentro da sombra;
e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro,
abertas para o verde onde cresce a esperança.

Artigo IV.
Fica decretado que o homem
não precisará nunca mais
duvidar do homem.
Que o homem confiará no homem
como a palmeira confia no vento,
como o vento confia no ar,
como o ar confia no campo azul do céu.

Parágrafo Único:
O homem confiará no homem
como um menino confia em outro menino.

Artigo V.
Fica decretado que os homens
estão livres do jugo da mentira.
Nunca mais será preciso usar
a couraça do silêncio
nem a armadura de palavras.
O homem se sentará à mesa
com seu olhar limpo
porque a verdade passará a ser servida
antes da sobremesa.

Artigo VI.
Fica estabelecida, durante dez séculos,
a prática sonhada pelo profeta Isaías,
e o lobo e o cordeiro pastarão juntos
e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.

Artigo VII.
Por decreto irrevogável fica estabelecido
o reinado permanente da justiça e da claridade,
e a alegria será uma bandeira generosa
para sempre desfraldada na alma do povo.

Artigo VIII.
Fica decretado que a maior dor
sempre foi e será sempre
não poder dar-se amor a quem se ama
e saber que é a água
que dá à planta o milagre da flor.

Artigo IX.
Fica permitido que o pão de cada dia
tenha no homem o sinal de seu suor.
Mas que sobretudo tenha sempre
o quente sabor da ternura.

Artigo X.
Fica permitido a qualquer pessoa,
a qualquer hora da vida,
o uso do traje branco.

Artigo XI.
Fica decretado, por definição,
que o homem é um animal que ama
e que por isso é belo.
muito mais belo que a estrela da manhã.

Artigo XII.
Decreta-se que nada será obrigado nem proibido.
tudo será permitido,
inclusive brincar com os rinocerontes
e caminhar pelas tardes
com uma imensa begônia na lapela.

Parágrafo único:
Só uma coisa fica proibida:
amar sem amor.

Artigo XIII.
Fica decretado que o dinheiro
não poderá nunca mais comprar
o sol das manhãs vindouras.
Expulso do grande baú do medo,
o dinheiro se transformará em uma espada fraternal
para defender o direito de cantar
e a festa do dia que chegou.

Artigo Final.
Fica proibido o uso da palavra liberdade.
a qual será suprimida dos dicionários
e do pântano enganoso das bocas.
A partir deste instante
a liberdade será algo vivo e transparente
como um fogo ou um rio,
e a sua morada será sempre
o coração do homem.

Thiago de Mello

Santiago do Chile, abril de 1964

Publicado no livro Faz Escuro Mas Eu Canto: Porque a Manhã Vai Chegar (1965).

In: MELLO, Thiago de. Vento geral, 1951/1981: doze livros de poemas. 2.ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Provérbios do mês - janeiro

� Calça branca em Janeiro é sinal de pouco dinheiro.

� Janeiro geoso traz um ano formoso.

� Janeiro molhado, se não cria pão, cria o gado.

� A vinte de Janeiro uma hora por inteiro.

� Se para a tua casa precisas de madeiro corta-o em Janeiro.

� Em Janeiro mete obreiro.

Uma reflexão por dia... que bem te fazia!


terça-feira, 7 de janeiro de 2020

CNL - Concurso Nacional de Leitura - Prova Concelhia

No dia 12 de fevereiro, entre as 10 e as 16 horas, realizar-se-á a prova concelhia do CNL, na Biblioteca Municipal da Maia.

Nesta fase participarão os alunos já apurados na fase escolar, por cada nível de ensino, em cada um dos agrupamentos de escolas.

Foram selecionadas as seguintes obras:

1º ciclo - "A menina que sorria a dormir", de Isabel Zambujal;

2º ciclo - "O rapaz e o robô", de Luísa Ducla Soares;

3º ciclo - "O rapaz do pijama às riscas", de John Boyne.

Boas Leituras!!
1º ciclo

2º ciclo

3º ciclo

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

É um poema... apenas!

As mãos 


Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema - e são de terra.
Com mãos se faz a guerra - e são a paz.

Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas, mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.

E cravam-se no tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.

De mãos é cada flor, cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.


Manuel Alegre, in "O Canto e as Armas"

Uma reflexão por dia... que bem te fazia!


Provérbios do mês - janeiro

� Bons dias em Janeiro enganam o homem em Fevereiro.

� Chuva em Janeiro e sem frio, vai dar riqueza ao Estio.

� Janeiro fora, mais uma hora, quem bem souber contar hora e meia vai achar.

� No mês de Janeiro sobe ao outeiro para ver o nevoeiro. 

� Pescada de Janeiro, vale carneiro.

� de Janeiro, sempre baixo no outeiro.

Janeiro - Mês da PAZ


Símbolos da Paz

A bandeira branca é usada como um símbolo da Paz desde o renascimento, simbolizando o ato de se abrir mão das próprias cores para negociar a trégua em tempo de guerra.
A cor BRANCA é a mais citada como um símbolo da Paz por representar a pureza, inocência e verdade. 
A bandeira da Irlanda possui uma faixa verde (catolicismo) e uma faixa laranja (protestantes) separadas por uma faixa branca simbolizando a Paz entre os dois grupos religiosos. 
Velas brancas também simbolizam a paz para diversas culturas e religiões, desde os antigos celtas até os católicos e judeus.
A cor AZUL algumas vezes aparece como a cor da Paz por representar a cor do céu e do mar, elementos da natureza sempre associados a sentimentos tranquilos.

sábado, 4 de janeiro de 2020

Provérbios do mês - janeiro

� Se queres ser bom ervilheiro, semeia no crescente de Janeiro.

� Em Janeiro sobe ao outeiro. Se vires verdejar, põe-te a chorar. Se vires terrear põe-te a cantar.

� Ao minguante de Janeiro, corta o madeiro.

� O luar de Janeiro, é claro como um carneiro; mas lá vem o de Agosto que lhe dá pelo rosto. 

� Não há luar como o de Janeiro, nem amor como o primeiro.

Uma reflexão por dia... que bem te fazia!


quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

Provérbios do mês - janeiro

� A água de Janeiro, vale dinheiro.

� Janeiro quente traz o diabo no ventre.

� Ao luar de Janeiro, se conta dinheiro.

� Em Janeiro, um porco ao sol outro no fumeiro.

� Os bons dias em Janeiro vêm-se a pagar em Fevereiro. 

� A 20 de Janeiro, uma hora por inteiro e quem bem contar, hora e meia vai achar.

� Se queres ser bom ervilheiro, semeia no crescente de Janeiro.

Dia Mundial da Paz - 1 de janeiro


A Assembleia das Nações Unidas proclamou o ano 2000 como o Ano Internacional da Cultura da Paz.
Um grupo de Prémios Nobel da Paz reunidos em Paris por ocasião das celebrações do 50º aniversário da Declaração dos Direitos do Homem, criou o Manifesto 2000 para uma cultura da paz e da não-violência. Tendo sido tornado público, em Paris, no dia 4 de Março de 1999, ficou aberto à assinatura do grande público por todo o mundo.
Transcreve-se seguidamente o manifesto.

Manifesto 2000 para uma cultura da paz e da não-violência

“Tendo consciência da minha responsabilidade perante o futuro da Humanidade e, em particular, das crianças de hoje e de amanhã, comprometo-me na minha vida quotidiana, na minha família, no meu trabalho, na minha comunidade, no meu país e na minha região a:

  1. Respeitar todas as vidas. Respeitar a vida e a dignidade de cada ser humano sem descriminação nem preconceitos;
  2. Rejeitar a violência. Praticar a não-violência activa, rejeitando a violência sob todas as formas: física, sexual, psicológica, económica e social, particularmente para com os mais desfavorecidos e os mais vulneráveis, tais como as crianças e os adolescentes;
  3. Libertar a minha generosidade. Partilhar o meu tempo e os meus recursos cultivando a generosidade, a fim de põe termo à exclusão, à injustiça e à opressão política e económica;
  4. Saber ouvir para se compreender. Defender a liberdade de expressão e a diversidade cultural privilegiando sempre a capacidade de ouvir e o diálogo sem ceder ao fanatismo, à maledicência e à rejeição do outro;
  5. Preservar o Planeta. Promover o consumo responsável e uma forma de desenvolvimento que tenham em conta a importância de todas as formas de vida e preservem o equilíbrio dos recursos naturais do Planeta;
  6. Reinventar a solidariedade. Contribuir para o desenvolvimento da minha comunidade, com a plena participação das mulheres e no respeito dos princípios democráticos, a fim de criar, em conjunto, novas formas de solidariedade.”

Entre os primeiros signatáriosNorman Bortaug – Adolfo Perez Esquivel – Dalai Lama – Gorbachev – Maireasd Maguire – Nelson Mandela – Rogoberta Menchu – Shimon Peres – José Ramos Horta – Josph Roblat – Desmond Tutu – David Trimble – Elie Wiesel – Carlos Filipe Ximenes Belo.

É um poema... apenas!

Aos Poetas
Miguel Torga

Somos nós
As humanas cigarras.
Nós,
Desde o tempo de Esopo conhecidos...
Nós,
Preguiçosos insectos perseguidos.

Somos nós os ridículos comparsas
Da fábula burguesa da formiga.
Nós, a tribo faminta de ciganos
Que se abriga
Ao luar.
Nós, que nunca passamos,
A passar...

Somos nós, e só nós podemos ter
Asas sonoras.
Asas que em certas horas
Palpitam.
Asas que morrem, mas que ressuscitam
Da sepultura.
E que da planura
Da seara
Erguem a um campo de maior altura
A mão que só altura semeara.

Por isso a vós, Poetas, eu levanto
A taça fraternal deste meu canto,
E bebo em vossa honra o doce vinho
Da amizade e da paz.

Vinho que não é meu,
Mas sim do mosto que a beleza traz.

E vos digo e conjuro que canteis.
Que sejais menestréis
Duma gesta de amor universal.
Duma epopeia que não tenha reis,
Mas homens de tamanho natural.

Homens de toda a terra sem fronteiras.
De todos os feitios e maneiras,
Da cor que o sol lhes deu à flor da pele.
Crias de Adão e Eva verdadeiras.
Homens da torre de Babel.

Homens do dia-a-dia
Que levantem paredes de ilusão.
Homens de pés no chão,
Que se calcem de sonho e de poesia
Pela graça infantil da vossa mão.

Miguel Torga, in 'Odes'