O Dia Nacional da Cultura Científica, 24 de novembro, foi instituído em 1997, para homenagear o nascimento de Rómulo de Carvalho e divulgar o seu trabalho na promoção da cultura científica e no ensino da Ciência. Professor, metodólogo, investigador, historiador, autor de manuais escolares, de livros de divulgação científica e de poesia, estes últimos sob o pseudónimo de António Gedeão, afirmava que o “Universo é feito essencialmente de coisa nenhuma”.
Revelou-se como poeta apenas em 1956, com a obra Movimento Perpétuo, a que se juntaram muitas outras. A beleza da sua poesia deve-se, em grande parte, à capacidade de interpretação da física, da química e da biologia do mundo, associada a alguma reflexão filosófica e humorismo suave.
Lição sobre a água
Este líquido é água.
Quando pura
é inodora, insípida e incolor.
Reduzida a vapor,
sob tensão e a alta temperatura,
move os êmbolos das máquinas que, por isso,
se denominam máquinas de vapor.
É um bom dissolvente.
Embora com excepções mas de um modo geral,
dissolve tudo bem, bases e sais.
Congela a zero graus centesimais
e ferve a 100, quando à pressão normal.
(...)
Para assinalar a efeméride, a biblioteca escolar preparou uma exposição sob o título "A Ciência pode ser divertida". Esta atividade, que se insere no Plano Anual de Atividades, contempla uma articulação curricular com o grupo disciplinar de Ciências Físico-Químicas. Servindo-se do fundamento teórico, os alunos produziram instrumentos musicais, com materiais reciclados ou recicláveis, que completam a exposição.
Além da exposição, poderás ler algumas das obras destacadas no boletim bibliográfico.
Aguardamos a tua visita!