Meu
livrinho na mão, e a alma ansiosa,
Ó
verde escola, eu venho p’ra aprender
Nesta
vasta cartilha rumorosa
O
esplêndido a b c do teu saber!
Sê
o meu grande mestre, a carinhosa
Mãe
que me ensine, como deve ser,
Esta
lição de coisas amorosa
Que
na minha alma fique a florescer.
Do
seco areal fizestes vós, por graça
De
essa heróica humildade, este jardim...
E
eu quero ser heróico e humilde assim!
...Mas
a voz dos pinheiros me trespassa,
longa
reboa e diz-me a murmurar:
- O que é preciso,
O
que é preciso é – AMAR.
Afonso
Lopes Vieira, Canções do Vento e do Sol