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sábado, 7 de dezembro de 2019

Porque é Natal!


      Sabemos que o mundo está em crise. Prevemos uma recessão económica para o ano 2020, quase como se fosse inevitável, e insistimos em culpabilizar tudo e todos pela situação.
Desresponsabilizamo-nos com um encolher de ombros. Afinal, quem somos nós, simples cidadãos, para impedir o rumo desta conjuntura? 
      E que tal começarmos a acreditar que a mudança que queremos no mundo começa em nós. Vencer a crise é algo que diz respeito a todos os cidadãos.
      Consideramos, muitas vezes, que os nossos gestos são tão insignificantes como uma gota de água no oceano. Que, ao fim e ao cabo, não é por resistirmos ao apelo a um consumismo desenfreado, que vamos salvar o mundo, que deixar de comprar este ou aquele artigo estrangeiro fará alguma diferença na economia do país. E que, não é por preferirmos produtos locais ou feitos em casa, que o “gato vai às filhoses”…
      Acusamos os outros de estarem a destruir o mundo que é de todos. E temos muita razão! Contudo, não podemos ignorar que, é mais importante um exemplo do que mil palavras. Atuemos de forma consciente e acreditemos naquilo que fazemos. Só assim conseguiremos mudar, transmitir entusiasmo e contagiar as ações de todos. Sejamos responsáveis!
E porque estamos a viver o Natal, na opinião de muitos “Natal em tempo de crise”, poderemos entendê-lo como uma oportunidade para alterar a nossa forma de ser ou estar. Num apelo que a Quercus faz para que o Natal seja vivido de uma forma mais sustentada, poderíamos ler, a determinada altura: “saber dar para saber receber”. Ao longo do texto, refere pequenas mudanças que tornam o Natal cheio de sentido, esvaziando-o de futilidades. Façamos, então, o esforço de inventar coisas simples para resistirmos ao consumismo e para vencermos a crise. No útil e no mais fútil é preciso agir usando a cabeça e o coração. Assim, segue-se uma lista de pequenos gestos que podem salvar o Natal:
Os presentes têm de ser mais simbólicos do que materiais. Não é necessário oferecer presentes de Natal dispendiosos mas, isso sim, presentes com significado. Apelando a valores humanos mais elevados, oferecer presentes com significado, encherá o coração de quem os recebe.
Confecionar os presentes que oferecemos tem uma dupla vantagem. Poupamos em termos económicos e dedicamos algum tempo a pensar nas pessoas que os vão receber.
O país necessita de ajuda. E se todos os presentes oferecidos no Natal fossem nacionais? Este gesto iria ajudar imenso a economia interna. Os produtos portugueses são fantásticos …
As crianças adoram brinquedos, mas nem sempre o brinquedo mais caro é o mais apreciado. O ideal é oferecer valores de vida, em vez de bens materiais.
Se alguém estiver com dificuldades, o Natal pode surgir como uma hipótese de ajudar quem necessita. Oferecer ajuda com todo o amor e carinho que esse gesto envolve, terá mais significado do que mil presentes de Natal de carácter material.
Um livro é sempre um bom presente de Natal: económico, cheio de mensagens e que pode ser partilhado em qualquer momento…
      Ultrapassar a crise e viver de forma sustentada é, afinal, uma responsabilidade partilhada. 
Nós não somos aquilo que consumimos mas, o que consumimos e como nos comportámos, mostra muito daquilo que somos!
      Aproveitemos a crise para refletir e alterar atitudes que nos vêm afastando do verdadeiro espírito natalício.

Feliz Natal!
A equipa da Biblioteca Escolar