Não tens outro destino que não o mar
da lusitana terra portuguesa
teu berço de sangue e tua onda
azul de espuma à tua mesa.
Não tens outro remo outro navio
outro porto outra casa outra corrente
que a raiz de avós e o sangue antigo
a correr-te na veia efervescente.
Não tens outra manhã aberta sobre o peito
quando a semente é veramente mater
quando o céu cobre o ardor do corpo
e as mãos afagam o pulsar do coração.
Não tens outro destino, não,
que o mar é uma canção de moinhos sobre as dunas
afagando a água onde regressas.
Isabel Fidalgo |
da lusitana terra portuguesa
teu berço de sangue e tua onda
azul de espuma à tua mesa.
Não tens outro remo outro navio
outro porto outra casa outra corrente
que a raiz de avós e o sangue antigo
a correr-te na veia efervescente.
Não tens outra manhã aberta sobre o peito
quando a semente é veramente mater
quando o céu cobre o ardor do corpo
e as mãos afagam o pulsar do coração.
Não tens outro destino, não,
que o mar é uma canção de moinhos sobre as dunas
afagando a água onde regressas.
Isabel Fidalgo
In: Sou viagem. Braga: Poética Edições, 2020, p.40
In: Sou viagem. Braga: Poética Edições, 2020, p.40