
Bem-vindo ao Blogue das Bibliotecas Escolares do agrupamento da Maia!
quinta-feira, 26 de julho de 2018
domingo, 22 de julho de 2018
quarta-feira, 18 de julho de 2018
sexta-feira, 13 de julho de 2018
Um poema!
O Sorriso
Creio que foi o sorriso,
O sorriso foi quem abriu aporta.
Era um sorriso com
muita luz
lá dentro, apetecia entrar nele,
tirar a roupa,
ficar
nu dentro daquele
sorriso.
O sorriso foi quem abriu aporta.
Era um sorriso com
muita luz
lá dentro, apetecia entrar nele,
tirar a roupa,
ficar
nu dentro daquele
sorriso.
Correr, navegar, morrer
naquele sorriso.
naquele sorriso.
Eugénio de Andrade
quarta-feira, 11 de julho de 2018
DIA MUNDIAL DA POPULAÇÃO
Foi a 11 de julho de 1987 que o contador mundial de população chegou aos 5000 milhões de pessoas, inspirando a ONU a criar este dia em 1989 e a comemorar anualmente esta efeméride a 11 de julho.
Um poema para começar o dia!
Aldeia
recordo os abraços de mãe
nas noites de trovoada
e de lhe perguntar se aquela chuva toda
ia inundar o mundo.
recordo aquela manta que servia toda a família
quando chegava a hora da novela.
e aqueles passeios pelo campo
sem destino ou direção.
as lareiras iluminavam as noites
de cheiro a madeira queimada,
a escuridão combatia-se com a luz fraca
dos candeeiros da rua.
e nós cantávamos canções,
dizíamos boas noites aos avós e tios,
e depois mergulhávamos nos lençóis gélidos.
ao nascer do dia
seguíamos em excursões sem fim,
prometendo a nós próprios desbravar o mundo.
e o mundo era aquele campo de milho,
a ribeira e os sapos,
as pinhas (que aqueciam a casa)
e as amoras (que davam para fazer geleia).
recordo as incursões ao rio
e de como invejava o miúdo
que nadava até uma pedra.
tão distante como daqui à lua, julgava eu.
recordo os dias de feira,
das galinhas, patos e perus.
recordo aqueles homens e mulheres
com as linhas da mão sujas
pelas enxadas que trabalhavam a terra
e pela lenha que tinham de cortar
para vencer o frio.
vivia-se com pouco,
mas vivia-se com um sorriso.
agora parecem memórias distantes,
impossíveis de repetir.
resta este poema
e a alegria de saber
que tudo isto existiu
— a memória deixa assim
de morrer comigo.
Rodrigo Ferrão
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Aldeia |
recordo os abraços de mãe
nas noites de trovoada
e de lhe perguntar se aquela chuva toda
ia inundar o mundo.
recordo aquela manta que servia toda a família
quando chegava a hora da novela.
e aqueles passeios pelo campo
sem destino ou direção.
as lareiras iluminavam as noites
de cheiro a madeira queimada,
a escuridão combatia-se com a luz fraca
dos candeeiros da rua.
e nós cantávamos canções,
dizíamos boas noites aos avós e tios,
e depois mergulhávamos nos lençóis gélidos.
ao nascer do dia
seguíamos em excursões sem fim,
prometendo a nós próprios desbravar o mundo.
e o mundo era aquele campo de milho,
a ribeira e os sapos,
as pinhas (que aqueciam a casa)
e as amoras (que davam para fazer geleia).
recordo as incursões ao rio
e de como invejava o miúdo
que nadava até uma pedra.
tão distante como daqui à lua, julgava eu.
recordo os dias de feira,
das galinhas, patos e perus.
recordo aqueles homens e mulheres
com as linhas da mão sujas
pelas enxadas que trabalhavam a terra
e pela lenha que tinham de cortar
para vencer o frio.
vivia-se com pouco,
mas vivia-se com um sorriso.
agora parecem memórias distantes,
impossíveis de repetir.
resta este poema
e a alegria de saber
que tudo isto existiu
— a memória deixa assim
de morrer comigo.
Rodrigo Ferrão
quinta-feira, 5 de julho de 2018
domingo, 1 de julho de 2018
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